Faraday
MICHAEL
FARADAY
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Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Portrait_of_Michael_Faraday_(1791-1867)_Wellcome_M0011250.jpg |
(1791 – 1867)
Michael
Faraday nasceu no dia 22 de setembro de 1791 nos arredores de
Londres. Seu pai, um ferreiro, não tinha condições de mantê-lo em
uma escola, assim, quando criança, seu aprendizado consistiu apenas
em rudimentos de leitura, escrita e aritmética.
Aos
13 anos, empregou-se como mensageiro e depois aprendiz de
encadernação em uma livraria de Londres. Em 1812, Faraday foi
presenteado por uma das frequentadoras da livraria com uma entrada
para as quatro últimas palestras sobre Química a serem proferidas
por Sir Humphry Davy, o famoso cientista da Royal Institution.
Fascinado pelas apresentações, Faraday tomou cuidadosas notas das
palestras, elaborando um texto ilustrado que encadernou e enviou a
Davy.
Após
uma fracassada tentativa, finalmente, em 1813 Faraday ingressava na
Royal Institution, contratado como assistente de Davy para auxiliá-lo
em suas pesquisas e nas suas exposições demonstrativas.
A
partir de 1820, descobriu a fórmula química de diferentes compostos
orgânicos, destacando-se, em 1825, o benzeno, o então chamado
"bicarbureto de hidrogênio", observado em garrafas de gás
que continham um líquido aromático claro no fundo.
Faraday
realizou estudos de liquefação de gases reconhecendo a existência
de uma temperatura crítica - tal como conhecemos hoje - acima da
qual, independentemente da pressão, não ocorreria condensação dos
gases.
Em
1834, realizou descobertas que passariam a ser conhecidas como as
leis de Faraday da eletrólise; que descrevem quantitativamente a
relação entre a decomposição de uma substância condutora (em uma
solução da mesma) e a quantidade de eletricidade que a atravessa. O
enunciado da 1ª lei, segundo Faraday: "Ação química ou
potência de decomposição é exatamente proporcional à quantidade
de eletricidade que passa ". E o enunciado da 2ª lei: "os
equivalentes eletroquímicos não só coincidem, como são os mesmos
que os equivalentes químicos". Atualmente, denominamos a
quantidade de eletricidade necessária para liberar um equivalente de
um elemento de um faraday (F
= 96493 C/gmol). Os enunciados de Faraday são uma importante
generalização, que na época geraram algumas suspeitas, como a de
Berzelius: "... compostos, cujos elementos são unidos pelos
mais diversos graus de afinidade, requerem iguais quantidades de
força elétrica para sua decomposição". É importante lembrar
que o elétron só foi descoberto por Thomson em 1897, e que de fato
os íons, como proposto por Faraday, carregavam uma carga que, por
sua vez, revelava-se como múltipla da carga elétrica. Na época,
foram introduzidos os termos: eletrodo, eletrólito, eletrólise,
íon, cátion, ânion, anodo e catodo.
Em
1834 criou-se na Royal Institution a cadeira de "Fuller
Professor" em Química, especialmente para Faraday, patrocinada
por John Fuller, um seu admirador, membro do Parlamento.
Faraday
trabalhou ativamente até 1862, em diferentes linhas de pesquisa tais
como: descarga elétrica em gases, o que hoje conhecemos como "gaiola
de Faraday", diamagnetismo, polarização da luz, colóides.
Especulou, também, sobre uma teoria eletromagnética da luz,
posteriormente desenvolvida por Maxwell.
Texto de: PAIVA, José Luis. Michael Faraday – Nota histórica.
Disponível em: http://collatio.tripod.com/regeq/faraday.htm.
Acesso em 25 de setembro de 2016.
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